sexta-feira, 17 de outubro de 2014

LIBERTANDO

Libertar,nunca deve ser, abandonar. Deixar que sigam. Seguir também . A liberdade assusta. Queremos aprisionar os pássaros, os cachorros, e principalmente as pessoas. Olhar a estrada, e encarar que só você, e mais ninguém tem obrigações com você, não é fácil. Quando filhos crescem ,com eles vão crescendo suas asas, lembra-los de blusas para o frio, pedir que não demorem,são cuidados nossos, conosco, com eles ,com nossos medos. O medo de perde-los, porque o mundo, que nos abriga a séculos, está, e sempre foi inesperado. Temor ,de que eles encontrem pessoas, e lugares melhores que os nossos, e se esqueçam de voltar para o ninho, ou nem queiram voltar! Nos aprisionam, e a eles. Um dia ,você de portas fechadas, e janelas, rezando seus terços, se sente extremamente sozinha. Você, está na companhia, só de suas lembranças todas,do que disse,o que não disse, do que deveria ter dito .Telefone toca...Você atende, a voz pergunta animada ,você está bem? E você responde sinceramente, que acabou de ficar "imensamente bem" Bem porque viveu seu tempo de correr, e buscar. Feliz porque alguém seu, está vivendo o buscar agora. Saudoso por sua solidão, acompanhada de lembranças. Acompanhado da idéia, de que quem bater a porta,e entrar ,e pousar seus olhos em você ,faz isso livremente, porque de repente, no meio da correria ,se lembrou, de alguém que tem algo para dizer,e que ele gostaria muito de ouvir.

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